O Tribunal do Júri da Comarca de Ilhéus condenou, na quinta-feira (27), o policial militar Ricardo Santos Ribeiro a 12 anos de prisão pela morte do pastor evangélico Alisson dos Santos Rocha, de 30 anos. O julgamento ocorreu no Fórum Epaminondas Berbert de Castro, e os jurados acataram a tese da acusação, que apontou o PM como o autor dos disparos fatais. A defesa do policial informou que irá recorrer da decisão.
O crime ocorreu em junho de 2022, durante uma operação policial no bairro Nossa Senhora, em Ilhéus. Na ocasião, equipes da 69ª Companhia Independente da Polícia Militar realizavam uma ação para combater a criminalidade na localidade conhecida como Tangerina. Segundo a PM, os agentes foram enviados ao local após uma denúncia de que criminosos armados estavam ameaçando moradores. Ainda de acordo com o relatório policial, houve confronto entre os agentes e suspeitos.
No entanto, testemunhas afirmam que Alisson dos Santos Rocha não estava envolvido na suposta troca de tiros. Segundo relatos, o pastor se encontrava na porta da igreja, evangelizando, quando foi atingido pelos disparos. Ele chegou a receber atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos.
Alisson Rocha era uma figura querida na comunidade. Além de atuar como pastor, ele também trabalhava como pintor e realizava diversas ações sociais na região. Sua morte gerou grande comoção e mobilizou protestos de fiéis e moradores, que pediram justiça.
Com a condenação, Ricardo Santos Ribeiro deverá cumprir pena inicialmente em regime fechado. O caso reacendeu o debate sobre a atuação da polícia em comunidades vulneráveis e o uso da força em operações de segurança pública.
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