
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), anunciou que colocou à disposição do governo do Rio de Janeiro o setor de inteligência das forças de segurança baianas para auxiliar nas investigações após a megaoperação realizada no início desta semana nos complexos da Penha e do Alemão.
A decisão foi comunicada à imprensa após surgirem informações de que um dos traficantes mortos na operação, identificado como Júlio Souza Silva, seria baiano, natural de Salvador. De acordo com o portal Metrópoles, o governador afirmou que o compartilhamento de informações visa contribuir com o cruzamento de dados sobre os suspeitos e pessoas presas durante a ação.
“Nós disponibilizamos o setor de inteligência com informações para a inteligência do Rio, até para confrontar esses dados das pessoas que estão sendo colocadas como baianas, que estavam envolvidas nas mortes ou foram presas. Para confrontar e ajudar com as informações das inteligências”, declarou Jerônimo.
A megaoperação no Rio de Janeiro, deflagrada pelas forças de segurança estaduais e federais, resultou em dezenas de prisões, apreensões e mortes, e teve como objetivo enfraquecer facções criminosas atuantes nas comunidades. A ação ganhou repercussão nacional, principalmente após a confirmação de que alguns dos alvos teriam ligações com criminosos de outros estados, incluindo a Bahia.
Com o apoio anunciado, a Bahia passa a integrar uma rede de cooperação entre estados voltada à troca de informações de inteligência sobre o crime organizado, especialmente no que se refere a organizações interestaduais envolvidas com tráfico de drogas, armas e homicídios.
O governador destacou ainda que a atuação conjunta entre as forças de segurança é fundamental para conter o avanço de facções criminosas.
“O crime organizado não respeita fronteiras, por isso precisamos agir de forma integrada, compartilhando dados e fortalecendo a investigação. Essa é uma forma de proteger o nosso povo e garantir mais segurança para todos”, afirmou Jerônimo.
A operação no Rio segue sob acompanhamento das autoridades, e o governo da Bahia deverá continuar contribuindo com informações estratégicas que possam ajudar na identificação dos envolvidos e no esclarecimento das circunstâncias das ações.