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Lixo, descaso e risco: Sindicato expõe situação crítica dos garis de Itabuna

Garis enfrentam insalubridade e insegurança enquanto lixo se acumula nas ruas da cidade

25/05/2025 10h43
Por: Redação
Fonte: OziTV
Foto: Oziel Aragão
Foto: Oziel Aragão

O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza (Sindilimp) voltou a denunciar, de forma contundente, as condições precárias enfrentadas pelos garis de Itabuna. Durante entrevista à rádio Conexão Morena FM, na manhã da última sexta-feira (23), o presidente da entidade, José Carlos, cobrou uma postura mais firme da Prefeitura e da empresa responsável pela coleta, a Biosanear, diante da paralisação dos serviços e das condições insalubres de trabalho.

A entrevista, conduzida pelo jornalista Oziel Aragão, ganhou tom de urgência quando ele interrompeu a leitura da nota oficial da Prefeitura — que afirmava ter contratado caçambas para suprir a coleta — para relatar o caos que presenciou nas ruas da cidade. “Estive em vários bairros por volta das 11h e não vi nenhum caminhão. O lixo estava acumulado de forma absurda”, disse.

A Prefeitura atribuiu a paralisação a uma mobilização sindical em protesto pela demissão de um motorista da Biosanear. A empresa, por sua vez, alegou “problema interno” como causa. No entanto, segundo José Carlos, a demissão foi apenas o estopim de uma crise muito maior. “Há um histórico de descaso, de falta de condições adequadas, e essa demissão foi só o gatilho”, afirmou.

O sindicalista apresentou, ainda, um laudo técnico elaborado por uma engenheira de segurança do trabalho, que revela situações alarmantes de insalubridade tanto nas garagens da empresa quanto nos aterros sanitários da região. O documento foi entregue oficialmente à Prefeitura e à Biosanear, mas, segundo ele, nenhuma providência foi adotada até o momento. “Itabuna precisa saber o que esses trabalhadores enfrentam. Eles lidam com riscos diários, sem segurança e sem reconhecimento”, destacou José Carlos ao entregar uma cópia do laudo ao jornalista.

O presidente do Sindilimp também lamentou que a sociedade só perceba a importância desses profissionais quando o lixo começa a se acumular nas ruas. “É uma categoria que só aparece quando falta. E, mesmo assim, continuam invisíveis. Esses trabalhadores mantêm a cidade limpa, ajudam a prevenir doenças, mas seguem sem condições dignas de trabalho”, criticou.

Diante da situação, o sindicato reafirma seu compromisso em buscar soluções e garantir os direitos dos garis, reforçando que a limpeza urbana é um serviço essencial não apenas para a estética, mas principalmente para a saúde pública da cidade.

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