Itabuna: Polícia Civil prende suspeitos de crimes virtuais contra crianças e adolescentes

A Polícia Civil da Bahia deflagrou, na última segunda-feira (7), uma operação que resultou na prisão em flagrante de dois homens suspeitos de envolvimento em uma rede de crimes virtuais contra crianças e adolescentes. A ação, que recebeu o nome de “Operação Relâmpago”, foi realizada em Itabuna, no sul do estado, menos de 24 horas após a comunicação oficial do crime, feita no sábado (5).

De acordo com as investigações, os detidos são acusados de comercializar imagens de pornografia infantil, inclusive com distribuição para outros países. Além disso, são investigados por incitar, em ambientes virtuais, diferentes formas de violência direcionadas a menores e a pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social. A operação é fruto de uma cooperação entre a Polícia Civil da Bahia e a Polícia Civil do Rio de Janeiro, com coordenação do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil da Bahia, André Viana, a resposta rápida foi possível graças à integração entre os setores de inteligência. “Assim que fomos informados, as equipes identificaram os endereços dos alvos por meio do sistema de reconhecimento facial e, na madrugada de domingo (6), os mandados de busca foram solicitados e cumpridos já na segunda-feira”, explicou.

A ação foi conduzida por agentes do Laboratório de Inteligência Cibernética (Ciber-Lab), ligado ao Departamento de Inteligência Policial (DIP), em conjunto com a 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin). Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram localizados diversos dispositivos eletrônicos. Uma análise preliminar confirmou a existência de vídeos com conteúdo de pornografia infantil.

O material apreendido será incorporado às investigações em andamento no Rio de Janeiro, onde a dupla já era monitorada por envolvimento em crimes de ódio. A Polícia Civil reforçou que as investigações prosseguem e que novas prisões não estão descartadas.

A operação reforça a importância da atuação integrada das forças de segurança no combate a crimes cibernéticos, especialmente aqueles que envolvem vítimas em situação de vulnerabilidade.