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Bolsonaro condiciona apoio a Tarcísio à presença de Michelle como vice em 2026

Ex-presidente avalia lançar o governador de São Paulo à Presidência, mas quer a ex-primeira-dama como companheira de chapa; anúncio oficial deve ocorrer apenas em 2025

Por: Redação
06/10/2025 às 11h32 Atualizada em 06/10/2025 às 13h25
Bolsonaro condiciona apoio a Tarcísio à presença de Michelle como vice em 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sinalizado disposição para apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. No entanto, segundo apuração da CNN Brasil, o aval do ex-chefe do Executivo viria com uma condição clara: que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a vice na chapa.

De acordo com aliados ouvidos pela emissora, Bolsonaro estaria cada vez mais inclinado a unir seu nome ao de Tarcísio, considerado hoje um dos principais nomes da direita no país. A presença de Michelle na composição seria vista como uma forma de garantir o apoio irrestrito do eleitorado bolsonarista mais fiel, além de equilibrar o perfil técnico e discreto do governador com o carisma popular da ex-primeira-dama.

Estratégia de cautela e o peso político de Michelle

Apesar das conversas avançarem nos bastidores, a CNN aponta que o anúncio oficial da decisão só deve ocorrer em fevereiro de 2025, estratégia pensada para evitar críticas de que Tarcísio estaria deixando em segundo plano sua gestão em São Paulo para se dedicar a um projeto nacional. A ideia é preservar a imagem administrativa do governador até o último ano do mandato, evitando antecipar o clima eleitoral.

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Michelle Bolsonaro, por sua vez, tem sido constantemente mencionada em especulações sobre o pleito de 2026. Além da possibilidade de compor a chapa presidencial, seu nome também tem circulado como potencial candidata ao Senado pelo Distrito Federal, cenário que agrada parte da base bolsonarista, que enxerga nela um símbolo de fidelidade, religiosidade e apelo popular entre eleitores conservadores.

Cálculo político e fortalecimento da direita

A movimentação indica um novo arranjo dentro da direita brasileira. Bolsonaro busca manter influência sobre o cenário eleitoral sem, necessariamente, disputar diretamente o Planalto. Já Tarcísio tenta consolidar-se como uma opção moderada, capaz de dialogar com o centro sem perder o apoio do eleitorado bolsonarista.

Nos bastidores, líderes do PL avaliam que a presença de Michelle como vice seria um fator decisivo para manter a coesão do grupo e evitar divisões internas, sobretudo diante do fortalecimento de outras lideranças conservadoras em diferentes estados.

Caso a aliança se concretize, o nome de Michelle Bolsonaro pode se tornar uma das peças-chave da estratégia da direita para tentar retornar ao poder em 2026 — seja como vice de Tarcísio de Freitas ou, quem sabe, como protagonista de uma candidatura própria no futuro.

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