Mais do que um símbolo da cultura nordestina, os festejos juninos se consolidam como um dos principais motores da economia baiana. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serasa, divulgada nesta terça-feira (3) com exclusividade pelo g1, o comércio local da Bahia registra um aumento de 61% no faturamento durante o período das festas de São João e São Pedro.
O levantamento aponta que o impacto econômico é ainda mais expressivo nas cidades do interior, onde as tradições juninas são mais enraizadas e atraem milhares de moradores e turistas. As comemorações começam a ganhar força a partir do dia 18 de junho e seguem até o fim do mês, movimentando diferentes setores da economia.
A pesquisa ouviu 344 baianos e revelou que 82% deles esperam gerar renda extra durante o período junino. Entre os setores mais beneficiados estão alimentação (67%), entretenimento (63%) e vestuário (57%). Além disso, atividades ligadas à agricultura (45%), artesanato (24%) e serviços (23%) também apresentam crescimento significativo.
O engajamento da própria população é um dos fatores que impulsionam esse aquecimento econômico. Segundo o levantamento, 67% dos baianos participam ativamente das festas, e 47% optam por celebrar na própria cidade, fortalecendo o comércio local e valorizando a cultura regional.
Para Thiago Ramos, especialista em educação financeira, o São João se torna uma oportunidade estratégica para pequenos empreendedores e trabalhadores autônomos. “Os pequenos negócios são os mais favorecidos pela geração de renda extra proporcionada pelas festas juninas, cujas celebrações só crescem ano após ano”, destaca.
O estudo reforça que, além de preservar a tradição e promover lazer, as festas de São João na Bahia desempenham um papel fundamental na geração de emprego e na circulação de dinheiro, especialmente nas comunidades do interior, onde o impacto econômico é ainda mais visível e significativo.
Sensação
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