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Política

Otto Alencar alerta para riscos de chapa “puro-sangue” do PT ao Senado em 2026

Senador do PSD defende avaliação do momento político e critica hegemonia partidária nas articulações para as próximas eleições na Bahia

16/05/2025 09h42
Por: Redação

O tabuleiro político da Bahia começa a se mover com vistas às eleições de 2026, e o debate sobre a composição da chapa ao Senado já mobiliza lideranças importantes. Em entrevista ao programa Boa Tarde Bahia nesta quinta-feira (15), o senador Otto Alencar (PSD), presidente estadual do partido, demonstrou preocupação com a possibilidade de o Partido dos Trabalhadores (PT) lançar uma chapa “puro-sangue”, composta apenas por nomes da própria legenda. Entre os cotados, estão os ex-governadores Jaques Wagner e Rui Costa, além do atual governador Jerônimo Rodrigues.

Otto adotou tom cauteloso ao comentar a proposta, lembrando que hegemonias partidárias podem gerar fadiga no eleitorado e prejudicar o desempenho nas urnas. Segundo ele, mais importante do que a força de uma única sigla é a leitura precisa do cenário político e da vontade popular. O senador relembrou a eleição de 2006 como exemplo: à época, o grupo liderado por Antônio Carlos Magalhães formou uma chapa exclusivamente com aliados – Paulo Souto, César Borges e Rodolpho Tourinho – e acabou derrotado por Jaques Wagner, que representava uma composição mais ampla.

“Existe uma coisa que eu valorizo muito na política, que é a avaliação do momento. Qualquer partido que esteja muito hegemônico... Às vezes cansa. A última vez que tentaram isso foi em 2006, com a chapa de ACM, e perderam”, alertou Otto.

A declaração ocorre em meio a articulações internas no PT baiano, que avalia a possibilidade de apresentar uma chapa inteiramente petista como forma de reafirmar sua liderança no estado. No entanto, setores da base governista, como o PSD, têm demonstrado desconforto com a ideia de exclusão de aliados da composição majoritária.

O presidente estadual do PT, Éden Valadares, também já indicou que o projeto eleitoral será construído com base no diálogo entre os partidos que compõem a coalizão governista. Durante um encontro com prefeitos petistas em janeiro, Éden ponderou que, embora o desejo por uma chapa forte e homogênea exista, ele não deve comprometer a unidade da base.

“Imagina eu, como presidente do PT, com uma chapa formada pelo governador e dois senadores do partido... Mas isso tem um limite. E o limite é o grupo. Nós não vamos romper a aliança por conta disso. Vamos construir, trabalhar e dialogar”, afirmou.

Com o cenário ainda indefinido, o debate sobre a composição da chapa ao Senado tende a se intensificar nos próximos meses. A necessidade de manter a coesão entre os partidos aliados, especialmente entre PT e PSD, será um dos principais desafios do grupo político que atualmente governa a Bahia.

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