Descaso com entulhos em Ipiaú revolta moradores do Alto da Carolina

A situação da coleta de entulhos em Ipiaú tem gerado indignação entre moradores e levantado questionamentos sobre a gestão dos recursos públicos. Um exemplo gritante do problema vem do bairro Alto da Carolina, onde moradores da Rua Seringueira relataram, em um grupo de WhatsApp da comunidade, que entulhos estão acumulados há mais de cinco meses, sem qualquer ação da empresa responsável pela limpeza urbana.

Segundo os relatos, a quantidade de resíduos na via atrapalha a circulação de pedestres, prejudica a aparência da rua e pode até representar risco à saúde pública, atraindo insetos e outros vetores de doenças. “Já cansamos de pedir, de esperar. É um absurdo a rua estar assim há tanto tempo. A prefeitura simplesmente ignora”, desabafou uma moradora no grupo.

Além das reclamações sobre o acúmulo de entulhos, um outro participante do grupo clamou às autoridades competentes pela instalação de placas indicativas proibindo o despejo de resíduos no local. Para ele, a sinalização seria uma medida preventiva importante para coibir o descarte irregular, que tem se tornado recorrente na região. “Se a coleta não é feita e também não há sinalização, vira terra de ninguém. As pessoas jogam lixo como se fosse um lixão a céu aberto”, alertou o morador.

Enquanto a população enfrenta essa realidade de abandono, os dados sobre os gastos da prefeitura com a empresa responsável pela coleta impressionam. De acordo com informações disponíveis em portais de transparência, o contrato com a empresa que presta o serviço ultrapassa a casa dos milhões, mesmo em uma cidade com pouco mais de 40 mil habitantes. O valor está entre os mais altos pagos por prefeituras baianas de mesmo porte, o que gera ainda mais revolta entre os ipiauenses.

A disparidade entre o montante pago e a qualidade do serviço entregue evidencia uma possível má gestão dos recursos públicos e a necessidade de fiscalização mais rigorosa. Moradores cobram providências imediatas da Prefeitura de Ipiaú, pedem mais responsabilidade da população e exigem transparência sobre a execução dos contratos. Enquanto isso, ruas como a Seringueira seguem sendo o retrato de um problema que se arrasta há meses e que parece longe de uma solução efetiva.