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PP resiste à tutela do União Brasil e ameaça rachar federação antes da estreia

Articulação para federação entre partidos enfrenta impasse nos estados e pode desmoronar antes da homologação pelo TSE

06/05/2025 13h14
Por: Redação

A tentativa de consolidar uma federação entre o Progressistas (PP) e o União Brasil enfrenta forte resistência interna e corre o risco de ruir antes mesmo de sua formalização. Parlamentares do PP já indicam que o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira, não conseguirá impor uma aliança automática nos estados, mesmo após o anúncio da união entre as legendas. Nos bastidores, a federação foi apelidada de “União Progressista”, mas a promessa de unidade está longe de se concretizar.

O alerta veio a público nesta segunda-feira (6), em entrevista do deputado federal Mário Negromonte Júnior (PP-BA) à Rádio Metrópole. Presidente estadual do partido na Bahia, Negromonte foi taxativo ao afirmar que a bancada progressista não aceitará uma tutela direta do União Brasil, sugerindo que o modelo de centralização defendido por parte da cúpula do novo bloco pode provocar um racha. “Não é razoável imaginar que o PP vá se submeter a um alinhamento cego com o União”, declarou o parlamentar, em tom de advertência.

A Bahia, estado onde o conflito se mostra mais evidente, concentra quase toda a bancada do PP alinhada ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT). O único nome em posição contrária é o de João Leão, ex-vice-governador e atual opositor do PT, que disputou as eleições de 2022 por uma coligação adversária. Essa divergência regional revela o principal obstáculo para a consolidação da federação: a dificuldade de conciliar interesses locais com a imposição de diretrizes nacionais.

Nos corredores do Congresso, o recado é claro: ou a federação admite uma convivência com dissidências estaduais, permitindo maior flexibilidade para alianças regionais, ou enfrentará uma debandada interna que pode inviabilizar o projeto. A união entre PP e União Brasil, ao que tudo indica, poderá se restringir apenas à eleição presidencial de 2026, sem força suficiente para ditar alianças em nível estadual.

A ameaça de racha coloca em xeque a viabilidade do novo bloco partidário, que busca se firmar como uma das principais forças do centro-direita no cenário nacional. A homologação da federação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prevista para os próximos meses, dependerá agora da capacidade das lideranças em negociar um pacto que respeite as realidades políticas de cada estado.

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