A adesão do deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) parecia um movimento promissor tanto para o parlamentar quanto para o grupo governista. No entanto, a transição tem sido marcada por tensões internas e disputas por poder, especialmente no que diz respeito à ocupação de cargos estratégicos em Itabuna.
Durante entrevista ao programa de rádio Frequência Política, o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), uma das principais lideranças petistas no sul da Bahia, confirmou a entrada de Pancadinha no grupo do governo. No entanto, ele tratou de impor limites claros à nova aliança. Questionado sobre a possibilidade de Pancadinha indicar nomes para os comandos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e do Conjunto Penal de Itabuna, Rosemberg foi enfático: “Pancadinha está indo para a base, mas os comandos do Detran e do Presídio de Itabuna ele não vai indicar. Gilson e Dutra continuam, são indicação do nosso mandato”, afirmou o petista, em tom firme.
A fala revela que, apesar da recepção política, Pancadinha não terá carta branca dentro da base aliada. Os cargos mencionados seguem sob controle do grupo de Rosemberg, que, ao que tudo indica, não está disposto a ceder espaço em áreas que considera prioritárias para sua atuação política regional.
Nos bastidores, a declaração é interpretada como um sinal claro de que o apoio de Pancadinha é bem-vindo, mas condicionado à hierarquia já estabelecida dentro da base governista. O episódio também evidencia as dificuldades enfrentadas por novos aliados para se firmarem dentro de uma estrutura já consolidada de poder.
Com a proximidade das eleições municipais de 2026, a disputa por cargos e influência em cidades estratégicas como Itabuna tende a se intensificar. A entrada de Pancadinha no grupo governista promete movimentar o cenário político local, mas seu real poder de barganha ainda está em construção e cercado por resistência.
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