Na madrugada desta sexta-feira (25), o ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, foi preso em Maceió (AL), após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão foi decretada após o STF rejeitar os últimos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente, que buscavam reverter a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com informações do Portal G1, a prisão ocorreu por volta das 4h, quando Collor se preparava para viajar a Brasília, com o objetivo de cumprir voluntariamente a decisão judicial. A defesa do ex-presidente confirmou que ele está detido na Superintendência da Polícia Federal em Maceió, aguardando o cumprimento da pena.
A condenação de Collor está relacionada a um esquema de corrupção envolvendo propinas de aproximadamente R$ 29,9 milhões, recebidas entre os anos de 2010 e 2014. O ex-presidente teria recebido esses valores em troca de favores para a empresa UTC Engenharia, que estava envolvida na construção de bases de distribuição de combustíveis da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. O processo revela que as vantagens indevidas foram oferecidas durante negociações envolvendo a BR Distribuidora.
Na decisão do ministro Moraes, emitida nesta quinta-feira (24), ele classificou os recursos apresentados pela defesa como "meramente protelatórios", ou seja, como tentativas de adiar o cumprimento da pena. Em sua determinação, Moraes ordenou o cumprimento imediato da sentença.
Além de Collor, outros dois empresários, Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, também foram condenados por sua participação no esquema de corrupção.
Ainda nesta sexta-feira, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão extraordinária do plenário virtual da Corte, marcada para acontecer entre 11h e 23h59, a fim de avaliar a decisão individual do ministro Moraes. Enquanto isso, a ordem de prisão segue em vigor, e o Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal foi acionado para providenciar o atestado de pena a ser cumprida por Collor.
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