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Crise no MDB

Presidente da Câmara de Teixeira de Freitas pode perder mandato por apoiar ACM Neto

Vereador Jonatas dos Santos contraria aliança com o PT e enfrenta risco de perder o cargo por infidelidade partidária

21/04/2025 21h08
Por: Redação

O presidente da Câmara de Vereadores de Teixeira de Freitas, Jonatas dos Santos (MDB), está na mira da cúpula estadual de seu partido após declarar, publicamente, apoio à possível candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia em 2026. A manifestação política do vereador vai de encontro à orientação do MDB baiano, que mantém aliança com o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT) e já articula sua reeleição.

De acordo com apuração feita por este veículo, a direção estadual do MDB acompanha com atenção os passos do parlamentar. Caso Jonatas formalize seu apoio a ACM Neto, o partido pretende acionar a Justiça Eleitoral com o objetivo de reivindicar o mandato sob a justificativa de infidelidade partidária. Nos bastidores, o movimento é visto como uma tentativa de conter dissidências internas e manter a coesão da legenda em torno do projeto petista.

Uma fonte ligada à direção estadual do MDB foi categórica: “O mandato de vereador é do partido. Quem não seguir a linha do partido poderá perder o mandato. Essa é a orientação.”

A situação provocou tensão entre os filiados do partido, especialmente aqueles que, como Jonatas, demonstram insatisfação com os rumos da aliança estadual. Há o temor de que o episódio sirva como precedente para uma ofensiva mais ampla contra vozes dissonantes dentro da legenda.

Jonatas dos Santos é conhecido em Teixeira de Freitas por seu estilo político independente, o que tem lhe rendido apoio popular, mas também atritos com lideranças partidárias. Agora, diante da ameaça de perder o mandato, o vereador terá de decidir entre preservar sua autonomia política ou seguir a linha traçada pela direção estadual do MDB.

O caso promete novos desdobramentos nas próximas semanas, com possibilidade de judicialização e repercussão em todo o estado. Para o MDB, a fidelidade partidária se tornou uma questão estratégica — e, pelo visto, inegociável.

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