Na manhã desta segunda-feira (14), o repórter Garcia Jr. esteve em Barra do Rocha, no interior da Bahia, para apurar uma denúncia que vem gerando repercussão na cidade: as creches municipais continuam de portas fechadas desde o início do ano letivo. O caso ganhou ainda mais destaque após a divulgação da contratação, no valor de R$ 42.200, destinada à compra de ovos de Páscoa para os alunos das creches, bem como crianças atendidas pelo CRAS, pela Primeira Infância e famílias em situação de vulnerabilidade.
Apesar da paralisação das atividades educacionais, a diretora do Centro de Socialização Infantil, Fabiane Costa, afirmou que os alunos não ficarão sem o tradicional presente pascal. Segundo ela, mesmo com a suspensão das aulas, um grupo de WhatsApp que reúne todas as mães será utilizado para organizar a entrega dos chocolates, prevista para a próxima quarta-feira (16). A unidade, segundo a direção, encontra-se temporariamente inoperante após o desabamento de um reservatório de água, que comprometeu a estrutura da lavanderia.
A prefeitura, em nota oficial assinada pelo prefeito José Luiz e pela assessoria de comunicação, negou a gravidade da situação e classificou as denúncias como “inverídicas, tendenciosas e difamatórias”. A gestão municipal afirma que uma nova creche, construída em parceria com o Governo do Estado, já está pronta para substituir a unidade atual, que funciona em imóvel alugado no Bairro Aloísio Galvão. Entretanto, durante visita ao local, a equipe de reportagem constatou que o novo prédio enfrenta sérios problemas estruturais, como fiação condenada, esgoto a céu aberto e ausência de calçamento.
Mesmo diante da negativa oficial, moradores, funcionários e familiares confirmaram à reportagem que as atividades nas creches seguem suspensas. Aproximadamente 100 alunos estão matriculados, e a promessa é de retorno às aulas em até 15 dias. Até lá, o espaço permanece aberto apenas para matrículas.
“O nosso compromisso é com a verdade e com a população. O que vemos aqui é uma situação crítica que precisa de atenção urgente, não de silenciamento”, afirmou Garcia Jr., diretor de jornalismo. A equipe tentou contato com o prefeito, mas, mais uma vez, ele não foi encontrado em sua sede.
Enquanto isso, a população segue aguardando soluções para os problemas estruturais e o retorno das atividades educacionais – direitos essenciais para o desenvolvimento das crianças e a tranquilidade das famílias.
Sensação
Vento
Umidade